Tenho de pôr no blog esta resposta!
é fenomenal!
"Coelho e porco são duas belas espécie que gosto de ver diversamente domesticadas na minha mesa.
Permita-me, Lowlander, esta heresia.
Que sensibilidades tem de inibir para apreciar sem reservas essas espécies quando despe o papel de veterinário, e veste o papel de comensal (ou, seja então a já um pouco longínqua sobrevivência)?
Ou sejá vegetariano?
Não interprete mal esta ousadia (adoro gatos, e amo cães grandes, certamente conhece o Mastim Napolitano!, rebolo com ele no chão quase todos os dias, enquanto a cegonha não trouxer crianças...), mas fico algo perturbado com a "ambivalência" ou, antes sem aspas e melhor, perfeita destrinça que alguém que zela pela saúde de animais de companhia e criação tem de ter quando se senta à mesa. Um belo e emocionado aplauso aos veterinários por serem cada vez mais necessários e contribuintes para o bem estar de seres em que projectamos o nosso afecto, e - sem pudores - para seres que nos servem de alimento e nos deliciam... somos uns seres (o vocábulo quase nos relega para o nosso vil papel de predadores...) devoradores de emoções, devoradores de afectos... já tivemos os nossos desvios canibalescos, mas agora estão algo ma"scarados, não desejamos a carne do ser humano nosso vizinho, mas desejamos ardentemente sorver-lhe as emoções, invejamos as alegrias, etc. e por aí em diante.
Destaque-se apenas o encómio aos veterinários, porque são gente boa. Mesmo que seja este um elogio que sustenta um egoísmo.
(Os animais são nossos amigos, quão mais egoísta poderia ser esta afirmação?! Alguma vez poderão "afirmar" os animais que somos amigos deles?; claro, se tivessem voz e discurso que percebêssemos, mas é indisfaçável benefício unilateral da relação que desenvolvemos com os animais domésticos.)"
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